terça-feira, 16 de agosto de 2011

Projeto folclore


ESCOLA ANA OLIVEIRA
SERRINHA- BA
PROJETO FOLCLORE
Por : Geniclécia Nascimento Santos.¹


FOLCLORE:








FORTALESCENDO NOSSAS RAÍZES








SERRINHA, 2011

APRESENTAÇÃO

A cultura de um povo é a sua mais autêntica forma de  expressão. Por meio da cultura pode-se perceber costumes, crenças, tradições de uma comunidade. Cada região possui sua maneira de expressar-se, possui a sua cultura. Porém, no Brasil acontece uma pluralidade cultural, ou seja, uma mistura de culturas, em decorrência da sua formação de identidade enquanto nação. Por ter sido  formado a partir de culturas oriundas de nacionalidades diferenciadas ocorre uma mistura de crenças e tradições nos quatro cantos desse país vasto em território e população. Por conta disso, criou-se um dia para simbolizar  essa mistura de culturas, esse dia 22 de agosto comemora-se o folclore. Folclore nada mais é de que o conjunto  de tradições, crenças, religiões, festas...de uma região, de um país. Por acreditar em “cultura” na escola, tendo como base a visão de Carlos Estevão Martins ( 1997), “A cultura popular é  arte de um povo é o verdadeiro folclore. É aquilo que se cria e faz circular em algumas comunidades “economicamente fracas” e floresce principalmente no meio rural. São os medos espontâneos de pensar, sentir e expressar o mundo e a vida como arte de um povo.” Nas turmas de 1º ao 5º ano série terá como base de trabalho durante toda semana a cultura popular, essa que  Segundo Durham, é capaz de produzir, seja no correr do cotidiano, seja no momento da festa, feixes de significados e emoções através das quais as pessoas são, pensam, crêem e criam.













OBJETIVOS


GERAL

_  Demonstrar para o corpo discente a importância  da identidade cultural de cada um, assim como, re-conhecer as nossas raízes folclóricas;


ESPECÍFICOS 

_  Valorizar a cultura popular local;
_ Incentivar o habito de contar causos;
_ Promover integração entre escola e comunidade;
_ Desenvolver  a escrita e incentivar à leitura;




METODOLOGIA

O trabalho acontecerá  em duas etapas: Na escola e em meio à comunidade. Durante  o processo em sala de aula, serão expostos textos referente ao folclore ( lendas, par lendas, provérbios, musicas, etc.) e quanto À comunidades, haverão passeios, cantoria de reis, entre outras atividades.

TEMPO DE DURAÇÃO
 O tempo estimado é de 20 horas aulas ( 1 semana)

RECURSOS
_ som;
_ aparelho de TV;
_ Papel metro e oficio;
_ cola, piloto;
_ DVD  entre outros;


AVALIAÇÃO
A avaliação será processual, onde a cada termino de alua avaliar-se-á o rendimento do aluno, de maneira escrita ou não. Ao final da semana farão uma produção  relacionado a temática trabalhada no projeto.
ROTEIRO DAS AULAS

SEGUNDA- FEIRA

1º Momento

_ Conceituar folclore;
_ Música: bumba meu boi bumbá ( Alcimar Monteiro)
_ Interpretação do texto como exemplificação de folclore;
_ Atividade escrita de interpretação;

2º Momento
_ O que é provérbios?;
_ Criação de cartaz com provérbios;
_ Atividade no caderno com provérbios;

3º Momento
_ Comidas típicas do folclore;
_ Chapeuzinho vermelho...uma desmistificação.

TERÇA-FEIRA
1º Momento
_ O que é causos?

_ Música: Pirilampos ( Homenagem a Lampião) Alcimar Monteiro e J. Paulo Jr.
_ Interpretação do texto;

2º Momento
_Historia de Lampião;
_ Atividade Relacionada;

3º Momento
_  “Contação” de causos na comunidade;
_ A lenda do lobisomem... crenças utópicas ou reais?

QUARTA-FEIRA

1º Momento
_ O que é reisado/ samba de roda;
_ Realização do reisado em uma da comunidade;

2º Momento
_ Origem da cantiga de roda no Brasil;
_Produção de versos;
_ Cantoria de roda;



QUINTA-FEIRA
_ Realização do evento na comunidade;

SEXTA-FEIRA
1º Momento
_ Revisão  geral do que foi trabalhado no dia anterior;
_Assistir ao filme menino lobo;

2º Momento
_ Compreensão do filme;



ANEXOS
O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Causos são formas de manter o folclore brasileiro vivo, contado de geração para geração, seja em forma de conto, musica ou danças;
O Reisado é uma das pantomimas folclóricas mais ricas e mais apreciadas, principalmente no Nordeste. Faz parte do repertório das Festas Jesuínas, e é apresentado de 24 de dezembro a 6 de janeiro, isto é, pelo Natal, Ano Bom e Reis.

Exemplos de Trava Línguas (devem ser falados rapidamente sem pausas)
·                     Pedro tem o peito preto, O peito de Pedro é preto; Quem disser que o peito de Pedro é preto, Tem o peito mais preto que o peito de Pedro.
·                     A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
·                     Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os mafagafos, bom desmafagafizador será. 
·                     Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros que não são quadrados, são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.
·                     Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no chão.
·                     Pinga a pipa Dentro do prato Pia o pinto e mia o gato.
·                     O rato roeu a roupa do rei de Roma.
·                     Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato.
·                     O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.
·                     Quico quer quaqui. Que quaqui que o Quico quer? O Quico quer qualquer quaqui.
·                     Três pratos de trigo para três tigres tristes.
·                     Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.
·                     Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
·                     Fala, arara loura. A arara loura falará.
·                     Se o Arcebispo-Bispo de Constantinopla a quisesse desconstantinoplizar, não haveria desconstantinoplizador que a desconstantinopllizasse desconstantinoplizadoramente.
·                     Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia o pinto e mia o gato.
·                     A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso...
·                     O Tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu pro tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
a história de Lampião,
o "Rei do Cangaço" 




     
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.
     Lampião desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial).
     Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.
     Lampião formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.
     Existem duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no escuro.
     Comparado a Robin Hood, Lampião roubava comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo parte do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos de crueldade lhe valeram a alcunha de "Rei do Cangaço". Para matar os inimigos, enfiava longos punhais entre a clavícula e o pescoço. Seu bando seqüestrava crianças, botava fogo nas fazendas, exterminava rebanhos de gado, estuprava coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres com ferro quente. Antes de fuzilar um de seus próprios homens, obrigou-o a comer um quilo de sal. Assassinou um prisioneiro na frente da mulher, que implorava perdão. Lampião arrancou olhos, cortou orelhas e línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu três de seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis vezes.
     Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de perseguido, Lampião e seu bando foram convocados para combater a Coluna Prestes, marcha de militares rebelados. O governo se juntou ao cangaceiro em 1926, lhe forneceu fardas e fuzis automáticos.
     Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos e se disse apaixonada pelo cangaceiro há muito tempo. Pediu para acompanhá-lo. Lampião concordou. Ela enrolou seu colchão e acenou um adeus para o incrédulo marido. Levou sete tiros e perdeu o olho direito.
     O governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião em 1930. Era dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo.
     Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foi vítima de uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra. O combate durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a vantagem de quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. Maria foi degolada viva. Os outros conseguiram escapar.
     O cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o último sobrevivente do grupo comandando por Lampião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário